17 de mai. de 2017

Colonização do Brasil

Período pré-colonizador

Inicialmente, os portugueses não se interessaram rapidamente pela ocupação de terras brasileiras. A descoberta do novo caminha para as índias havia tornado o comércio de especiarias muito mais lucrativo e, além disso, não foram encontradas as jazidas de ouro pelos enviados da Coroa na América Portuguesa.

Primeiras expedições

Inicialmente o governo português enviou expedições marítimas somente para conhecer as terras brasileiras e preservar sua posse, para somente depois colonizar o Brasil.
→Principais expedições marítimas portuguesas: 
  • Expedição comandada por Gaspar de Lemos (1501)
  • Expedição comandada por Gonçalo Coelho (1503)
  • Expedição comandada por Cristóvão Jacques (15016-1520)

Extração do pau-brasil

Primeira riqueza explorada aqui pelos europeus. Nome científico: Caesalpinia echinata. Outros nomes: ibirapitanga, arabutá, ibirapiranga, pau-rosado, pau-de-pernambuco, muirapiranga, etc.


Monopólio da Coroa
Ao ficar sabendo da quantidade de pau-brasil em terras brasileiras, o rei de Portugal declarou sua exploração monopólio da Coroa portuguesa. Ninguém poderia retirá-lo sem prévia permissão do governo português e pagamento de um tributo. Mas, ingleses espanhóis e, principalmente, franceses continuaram extraindo clandestinamente a madeira.

Trabalho indígena
 A extração do pau-brasil era feita, nessa época, através da mão de obra dos indígenas. Em troca do trabalho eram oferecidos objetos de seus interesses (escambo). Eles derrubavam as árvores, cortavam-nas em toras e carregavam-nas até as feitorias, de onde eram levadas para os navios.

Instalação das feitorias
A extração do pau-brasil demandava um comportamento nômade. Os exploradores deslocavam-se pelo litoral à medida que a madeira ia se esgotando. As feitorias foram construídas somente onde a madeira era mais abundante. Serviam para armazenar e proteger dos ataques franceses e tribos hostis.

Período da Colonização

De acordo com o Tratado de Tordesilhas, Portugal e Espanha eram os únicos donos da América, porém, holandeses, ingleses e franceses não o respeitavam e disputavam a posse pelo território. Também contrabandeavam o pau-brasil. Portugal então, vizando aumentar lucros comerciais, acabar com o contrabando e evitar invasões decidiu colonizar o Brasil. Outro fator que contribui para a colonização, foi o declínio do comércio com o Oriente.

Primeira expedição colonizadora

Comandada por Martim Afonso de Souza. (Partiu de Lisboa em dezembro de 1530 e chegou em janeiro de 1531). Os objetivos eram:
  • Iniciar a ocupação da terra e exploração econômica;
  • Combater corsários estrangeiros;
  • Procurar metais precioso;
  • Melhor conhecimento geográfico do litoral.
Martim Afonso fundou, em 22 de janeiro de 1532, a primeira vila do Brasil. São Vicente, e também alguns povoados.

Cultivo da cana-de-açúcar

 Implantar a produção açucareira em certos trechos do litoral (tinha grande procura na Europa). Instalaram o primeiro engenho na região de São Vicente. Portugal deixou de lado a extração do pau-brasil. A produção de açúcar marcaria a história colonial do Brasil.

Monopólio comercial português

Em 1571 o governo decretou que o comércio colonial com o Brasil deveria ser feito exclusivamente com navios portugueses.
Monopólio comercial → instrumento de domínio econômico da metrópole (Portugal) sobre a colônia (Brasil); Produtos coloniais eram vendidos para a metrópole por preços baixos, enquanto artigos metropolitanos eram vendidos para a colônia por preços altos.

Escravização dos indígenas

Estabeleceu-se em 1530, quando os colonos necessitaram de mão-de-obra para produção açucareira; prisioneiros eram distribuídos ou vendidos como escravos. A escravização indígena se estendeu para outros locais em atividades econômicas como cultivo de milho, feijão, arroz, mandioca e extração das "drogas do sertão" (guaraná, cravo, castanha, baunilha, plantas aromáticas e medicinais), e também para o transporte de mercadorias.

Guerras "justas" Guerras contra os indígenas, autorizadas pelo governo português ou seus representantes, justificada, basicamente, nos casos em que os indígenas (que eram politeístas) se recusavam à conversão à fé católico-cristã ou impediam a divulgação dessa religião, quebravam acordos ou agiam com hostilidade contra os portugueses. 

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