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O que é Ditadura
militar:
·
Ditadura
militar é uma forma de governo cujos poderes
políticos são controlados por militares.
O significado de ditadura se
refere a qualquer regime de governo em que todos os poderes estão sob autoridade de um indivíduo ou de um grupo. No
caso de uma ditadura formada por militares, estes chegam ao poder quase sempre
através de um golpe de Estado.
· Um golpe de Estado
liderado por militares significa que um governo legítimo é derrubado com o
apoio de forças de segurança. Algumas ditaduras militares que não conseguem
apoio popular são marcadas pela crueldade e pela falta de respeito aos Direitos
Humanos, através de perseguições e torturas aos defensores da oposição.
As principais regiões governadas por ditaduras militares (ainda em vigor em alguns países) foram América Latina, África e Oriente Médio.
Agora que já compreendemos o que é a ditadura, vamos prosseguir o nosso estudo sobre tal.
Ditadura militar no Brasil
No Brasil, o regime militar durou mais de 20 anos
(entre 1964 e 1985). No dia 1 de abril de 1964, o governo de João Goulart (após
renúncia do presidente Jânio Quadros) foi deposto a partir de um
golpe de estado e o regime militar teve início alguns dias depois.
Neste período, também conhecido como a “Quinta República Brasileira”, o país presenciou a ausência dos princípios básicos da democracia,
além da massiva censura e perseguição política. Vários direitos constitucionais
foram violados durante a ditadura militar brasileira e inúmeras pessoas que se
posicionavam contra o regime foram torturadas e mortas por alguns dos
militares. Muitas empresas de renome no país apoiaram a ditadura e então
pagavam para que as torturas viessem a acontecer.
O Congresso Nacional foi dissolvido durante a ditadura militar, assim
como todos os partidos políticos, tendo o direito de permanecer apenas
dois: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança
Renovadora Nacional (ARENA), formada predominantemente por
militares.
Os presidentes que comandaram o país durante a ditadura militar foram os
seguintes:
·
Humberto de Alencar Castelo Branco (1964 – 1967): general
militar e o primeiro presidente sob o comando da ditadura militar.
·
Artur da Costa e Silva (1967 – 1969): durante o governo
do militar Costa e Silva (segundo presidente do regime) vigorou o temido AI-5
(Ato Institucional Nº 5), que concedia poderes extraordinários ao Presidente da
República, superando as leis constitucionais.
· Emílio Garrastazu Médici (1969 – 1974): general do exército
e terceiro presidente do regime militar. O governo de Médici é considerado o
mais repressivo do período do regime militar.
·
Ernesto Geisel (1974 – 1979): general do
exército e quarto presidente do regime militar. Com o governo de Geisel, o
Brasil começa a caminhar lentamente rumo a uma redemocratização.
·
João Figueiredo (1979 – 1985): último presidente
do regime militar. Durante o seu governo foi aprovada a Lei da Anistia, garantindo o
direito de retorno dos exilados políticos para o Brasil.
v Lei da Anistia
João Figueiredo promulgou a lei 6.683, que
ficaria conhecida como Lei da Anistia, no dia 28 de
agosto de 1979.
Desde o fim da década anterior, após a promulgação do Ato
Institucional nº5 - que impedia o direito ao habeas corpus por
parte dos dissidentes, estudantes, políticos, artistas, jornalistas e parentes
de revolucionários capturados ou exilados já pregavam o direito de presos
políticos retornarem à pátria ou saírem da prisão.
Ø Todos
que cometiam diretamente ou indiretamente os crimes revolucionários eram
chamados de subversivos.
Entretanto, os duros mandatos dos generais Emílio Médici (1969-1974)
e Ernesto Geisel (1974-1979)
impediam que qualquer discussão sobre o assunto fosse levado adiante.
Com Figueiredo no poder, alguns intelectuais e engajados
políticos acreditavam que o Brasil passasse pela transição à democracia,
graças às gafes cometidas e aos comentários ríspidos, tornando-se de certa
forma um governo mais maleável. No Rio de Janeiro, é criado um Comitê Brasileiro de Anistia,
com sede na Associação Brasileira de Imprensa, que
pressiona o governo a votar sobre o projeto.
Entretanto, com o perdão
político, não apenas os presos, torturados e exilados podiam caminhar
livremente pelo Brasil, mas também os torturadores e assassinos que trabalharam
a serviço do regime. Os parlamentares do antigo partido MDB criticavam o fato
de alguns presos serem soltos somente no mês de dezembro daquele ano. Também
argumentavam que não havia garantias para que os servidores
públicos prejudicados pelos atos institucionais
retornassem normalmente às suas atividades.
Apesar de mais de 30 anos
após sua promulgação, ainda hoje é discutido o teor da Lei da Anistia.
Muitos ex-presos políticos na ditadura, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério
da Justiça e Casa Civil refletiram seus posicionamentos: eles argumentam que a
lei não pode se estender “a crimes
comuns praticados por agentes da repressão contra opositores políticos durante
o Regime Militar”.
Já o Ministério da Defesa,
que comanda o Exército, a Advocacia Geral da União (AGU) e o Ministério das
Relações Exteriores dizem que a anistia não pode ser
revogada, porque ela é anterior aos efeitos da Constituição de 1988, que não permite ceder anistia a torturadores.
- Hoje 2017, vivemos em um país onde muitas vezes a DEMOCRACIA e a LIBERDADE DE EXPRESSÃO não são tratadas como devem. Se iniciou um novo movimento em vigor as diretas já. Que presa o direito do cidadão de eleger um presidente para o seu país.



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